segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Motor de combustão interna

Depois de ter apresentado os três tipos de motores usados na indústria aeronáutica, escreverei uma série de três textos descrevendo as principais características de cada um deles.

Neste primeiro texto da série,  o motor descrito será o de combustão interna. Como já comentei no texto introdutório, esse é o tipo de motor usado nos carros. A limitada performance deles faz com que na indústria aeronáutica só seja usado nos aviões menores, onde não é necessária uma grande potência para movimentá-los. O motivo que faz com que ele seja usado apesar dessa limitação, é o baixo custo dele em relação aos outros tipos de motores.

Esse motor é chamado de combustão interna porque a combustão necessária para liberar a energia do combustível é realizada numa câmara de combustão situada no interior dele.              


Essa energia é liberada num processo cíclico de quatro tempos (existem também motores de combustão interna com só dos tempos de funcionamento, mas eles não têm interesse na propulsão aeronáutica). Os quatro tempos de funcionamento do motor são os seguintes:

O primeiro tempo é denominado admissão. Nesse tempo a válvula de admissão (A) permite a entrada, na câmara de combustão, de uma mistura de ar e combustível enquanto o pistão (M) se move de forma a aumentar o espaço no interior da câmara.

O segundo tempo é a compressão. Nesse o pistão se move de forma a comprimir a mistura, fazendo seu volume diminuir. O objetivo desse tempo é aumentar a pressão no interior da câmara de combustão para que seja mais fácil explodir (ou queimar) a mistura de ar e combustível.

O terceiro tempo denomina-se expansão (ou explosão). No termino da compressão um dispositivo elétrico (K) gera uma centelha que ocasiona a explosão da mistura ocasionando sua expansão. Assim, a energia contida no combustível é liberada e usada para empurrar o pistão. Com o sistema biela-virabrequim (O e P) o movimento do pistão é transformado num movimento de rotação, transmitido ao eixo das rodas.

No quarto tempo, denominado exaustão, a válvula de escapamento abre e permite a exaustão do gás queimado na explosão.

Após o quarto tempo o ciclo começa de novo, entrando uma nova mistura de ar e combustível na câmara de combustão.





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