terça-feira, 11 de novembro de 2014

Variantes do Problema de Roteamento de Veículos (PRV)

Como já foi mencionado anteriormente, o roteamento de veículos envolve a definição de rotas a serem percorridas por uma frota de veículos a fim de realizar a entrega ou coleta de produtos. No entanto, como existe no dia a dia das empresas? Será que é um problema relevante? Meu objetivo é tentar esclarecer um pouco essas dúvidas e explicar brevemente algumas variantes que podemos encontrar na prática das empresas.


As variantes surgem a partir de características ou situações específicas encontradas na prática. Nesse sentido, uma primeira variante aparece a partir das necessidades das empresas devido que ás vezes, é necessário realizar coleta ou entrega de produtos. Por exemplo, as empresas de correio têm um grande interesse em definir as melhores rotas para entregar as cartas e pacotes na cidade. Por outro lado, a empresa responsável pela limpeza da cidade, se interessa por definir as melhores rotas para coletar o lixo das casas. Do mesmo modo, também podem existir as duas atividades simultaneamente, por exemplo, quando uma empresa de refrigerantes deve atender a demanda das lojas e ao mesmo tempo coletar as garrafas vazias, necessárias para continuar sua produção de bebidas.

Outras variantes nascem dos requisitos impostos pelos clientes, por exemplo, existem algumas restrições chamadas de “janelas de tempo”, que são as faixas de tempo que o cliente impõe para receber sua encomenda ou pedido. Por exemplo, um supermercado que só recebe os produtos dos fornecedores durante a noite ou cedo pela manhã, ou uma pessoa que agenda a entrega de um produto um determinado dia durante a tarde, pois o resto da semana não estará em casa. Dessas situações surge a extensão chamada de PRV com janelas de tempo. Nesta variante, se o veículo chegar até o cliente antes da abertura da janela de tempo, o veículo deverá esperar ou ir até outro cliente.


Por fim, vale avisar que existem muitas outras variantes, mostrando a grande aplicabilidade e relevância prática do roteamento de veículos. Além disso, gostaria de esclarecer que não só se faz roteamento de caminhões ou veículos terrestres. Por exemplo, as empresas de petróleo que fazem exploração no mar, precisam definir as rotas para seus navios visitarem as plataformas para coletar o óleo cru e fazer as entregas nos terminais nas baías. Também, uma empresa de serviços emergenciais por meio de helicópteros deve definir a rota do helicóptero na hora de receber um chamado de emergência e além disso, definir o ponto até onde deve levar paciente que está sendo atendido.



Aldair

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Motor de combustão interna

Depois de ter apresentado os três tipos de motores usados na indústria aeronáutica, escreverei uma série de três textos descrevendo as principais características de cada um deles.

Neste primeiro texto da série,  o motor descrito será o de combustão interna. Como já comentei no texto introdutório, esse é o tipo de motor usado nos carros. A limitada performance deles faz com que na indústria aeronáutica só seja usado nos aviões menores, onde não é necessária uma grande potência para movimentá-los. O motivo que faz com que ele seja usado apesar dessa limitação, é o baixo custo dele em relação aos outros tipos de motores.

Esse motor é chamado de combustão interna porque a combustão necessária para liberar a energia do combustível é realizada numa câmara de combustão situada no interior dele.              


Essa energia é liberada num processo cíclico de quatro tempos (existem também motores de combustão interna com só dos tempos de funcionamento, mas eles não têm interesse na propulsão aeronáutica). Os quatro tempos de funcionamento do motor são os seguintes:

O primeiro tempo é denominado admissão. Nesse tempo a válvula de admissão (A) permite a entrada, na câmara de combustão, de uma mistura de ar e combustível enquanto o pistão (M) se move de forma a aumentar o espaço no interior da câmara.

O segundo tempo é a compressão. Nesse o pistão se move de forma a comprimir a mistura, fazendo seu volume diminuir. O objetivo desse tempo é aumentar a pressão no interior da câmara de combustão para que seja mais fácil explodir (ou queimar) a mistura de ar e combustível.

O terceiro tempo denomina-se expansão (ou explosão). No termino da compressão um dispositivo elétrico (K) gera uma centelha que ocasiona a explosão da mistura ocasionando sua expansão. Assim, a energia contida no combustível é liberada e usada para empurrar o pistão. Com o sistema biela-virabrequim (O e P) o movimento do pistão é transformado num movimento de rotação, transmitido ao eixo das rodas.

No quarto tempo, denominado exaustão, a válvula de escapamento abre e permite a exaustão do gás queimado na explosão.

Após o quarto tempo o ciclo começa de novo, entrando uma nova mistura de ar e combustível na câmara de combustão.